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Pilates no tratamento de pacientes com síndrome de parkinson

 

A doença de Parkinson é um distúrbio progressivo do Sistema Nervoso Central (SNC), também sendo caracterizado pela degeneração dos neurônios, levando a uma produção de dopamina na substância negra, causando despigmentação da mesma, levando a acreditarmos na aceleração do processo de envelhecimento cerebral.

A etiologia da DP ainda é desconhecida, porém, atualmente diz-se que entre os fatores que contribuem para o aparecimento da doença são as neurotoxinas ambientais e os fatores genéticos.

Os sintomas da DP podem ser diferidos entre seus portadores, ou seja, não aparece os mesmos sinais e sintomas em todos os indivíduos que possuem a doença, sendo que a bradicinesia, a rigidez, o tremor de repouso e a instabilidade postural são considerados os principais sinais da doença. Podemos citar outras complicações além das alterações na postura, as alterações na marcha que contribui para o risco de quedas, causando uma elevada redução no nível de atividade (gerando mais imobilidade).

Episódios de freezing (hesitação no início da marcha) junto à hipocinesia (diminuição da mobilidade) ocasionam a perda da dependência funcional.

Outros exemplos de complicações nos indivíduos parkinsoniano, é a pobreza de movimentos chamada de oligocinesia; a dificuldade em iniciar os movimentos, ou acinesia; características faciais (face em máscara); marcha festinante (“em bloco”); alterações musculoesqueléticas (contraturas, fadiga...); distúrbios visuais, sensório-motores, da deglutição e comunicação além de alterações cardiopulmonares.

O diagnóstico se baseia na história médica e no exame físico, o tratamento desses pacientes deve ser imediato e contínuo, envolvendo vários profissionais, tanto da equipe médica quanto da equipe de reabilitação.

O tratamento baseia-se no uso de medicamentos que irão agir no desempenho motor, porém a terapia medicamentosa não pode abolir todos os sintomas, sendo nesse momento recomendada a fisioterapia. Outro tratamento importante a ser citado é a abordagem cirúrgica, que possui grande importância e é somente utilizada em casos onde o paciente já não responde ao uso do medicamento ou desenvolveu reações adversas.

A fisioterapia tem um papel muito importante na reabilitação do paciente parkinsoniano, pois promove a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas, gerando movimentos funcionais que envolvam diversos segmentos do corpo, promovendo exercícios que possam manter os músculos ativos, além de preservar a mobilidade, enfatizando nos movimentos abdutores, extensores e rotatórios. Considerando a necessidade que o indivíduo com DP apresenta frente as diversas complicações e distúrbios acarretados pela doença e em meio a variedade de tratamentos fisioterapêuticos, existe o método Pilates.

O Pilates vem mostrando benefícios para o tratamento da DP, pois constitui-se de um sistema de exercícios físicos que integra o corpo e a mente, proporcionando controle postural, força, flexibilidade, equilíbrio muscular, consciência e percepção do movimento corporal.

Há indicação de que possa amenizar os sintomas da doença consequente à atrofia e à degeneração dos núcleos da base. O paciente com DP apresenta distúrbios motores frequentes, como tremor, rigidez, bradicinesia, freezing e festinação. Com o Pilates, o portador da Doença de Parkinson seria beneficiado com o trabalho respiratório objetivando a expansibilidade torácica. Esses exercícios são necessários porque o paciente tende a adotar uma postura de prostração, diminuindo o espaço necessário para a expansão pulmonar durante a respiração, levando-o a ter uma respiração cada vez mais prejudicada e difícil.

Os alongamentos globais e específicos para grupamentos musculares mais comumente afetados; exercícios de fortalecimento leve e os que favorecem o ganho de amplitude articular tanto em membros superiores e inferiores, quanto em flexibilidade da coluna vertebral também são importantes, isso porque, o indivíduo vai perdendo a capacidade de manter-se ereto, de realizar movimentos de grande amplitude como dar um passo largo e pegar algo numa prateleira acima da cabeça por exemplo.

Todos os exercícios tem que ser selecionados e realizados após uma minuciosa avaliação, em benefício do paciente, respeitando suas limitações e capacidade de compreensão e concentração de cada um, com a finalidade de mantê-lo mais independente e retardar ao máximo a instalação das restrições que a Doença ou Mal de Parkinson provoca.

Os exercícios de alongamento e força, que envolvem contrações isotônicas (concêntricas e excêntricas) e isométricas, utilizados no método de Pilates, são feitos de maneira ampla e lenta, enfatizando a qualidade do movimento, trabalhando a musculatura de maneira sincrônica, sendo, por esse motivo, ideais para auxiliar na recuperação e na reorganização dos movimentos dos parkinsonianos. Tais exercícios auxiliam na facilitação de atividades cotidianas, como caminhar ou levantar da cama, em uma sessão de movimentos que dão origem ao gesto pretendido e favorecem o trabalho dos músculos estabilizadores, promovendo a eliminação da tensão excessiva em determinados grupos musculares, evitando-se, dessa forma, as compensações consequentes aos desequilíbrios.

Os benefícios do Pilates, como a melhora na consciência corporal e o aumento da autoconfiança oferecerão a esses pacientes um conforto mental evitando o aparecimento das consequências citadas acima. De maneira geral pode-se dizer que o método Pilates evita o agravamento de uma série de sintomas que dificultam a vida do parkinsoniano e pode ser grande aliado ao bem-estar do corpo e da mente humana para manter a independência funcional do indivíduo, bem como sua reintegração à sociedade. 

 

Por Mateus Bernardi
Treinador Liberty Pilates Training

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